Todos os anos é realizada a SIGGRAPH, que é o maior congresso de computação gráfica e efeitos especiais do mundo na Califórnia, mais especificamente em San Diego. Esse ano um dos destaques da feria, será uma apresentação da ILM – Industrial Light and Magic, mostrando como foi realizado o trabalho de computação gráfica no filme Transformers. A produção desse filme trouxe um desafio nunca antes enfrentado pela ILM, já que o filme conta com nada mais que 14 personagens totalmente produzidos em computação gráfica.

Transformers

Isso por si só não quer dizer nada, mas quando analisamos as características físicas desses personagens, sendo todos formados por robôs gigantes com partes móveis (Pistões, Placas, Peças móveis e etc) e que se transformam em veículos, podemos imaginar o grau de dificuldade da animação. Esse aparato todo ainda precisava ser mesclado com filmagens produzidas com cenários e atores reais.

A ILM divulgou alguns dados interessantes sobre os personagens, como por exemplo, que alguns deles contavam com aproximadamente 10.000 controles individuais para animação, todos voltados a controlar as partes móveis nas transformações. Várias ferramentas customizadas foram desenvolvidas para lidar com esse novo nível de complexidade no projeto, sem falar nas técnicas de gestão. Com uma quantidade de informações tão grande assim, fica fácil se perder.

Nota: Equipes de desenvolvimento são fundamentais em qualquer produção complexa, sem as ferramentas customizadas, seria inviável produzir filmes como esse. Infelizmente ainda são poucos os profissionais ou pessoas que trabalham com 3D, que se interessam por Python, MaxScript ou MEL.

Uma matéria sobre o assunto foi publicada no vfxworld.com, noticiando a apresentação especial da ILM. Na matéria você pode acompanhar o anúncio oficial da apresentação. Na palestra estarão presentes Scott Farrar, Russell Earl (Supervisores de Efeitos na ILM), Jeff White (Supervisor de produção digital) e Richard Bluffwill (Supervisor de cenários digitais) que segundo o artigo estão muito felizes em compartilhar a experiência adquirida na produção do filme com o resto da comunidade.

O problema todo é fazer uma viagem até os EUA para assistir a apresentação! Bem que eles poderiam fazer um WebCast da SIGGRAPH, mesmo que fosse pago. Assim nós humildes profissionais de Computação Gráfica poderíamos assistir a essas apresentações também, mesmo que fosse pago!

Eles deveriam seguir o exemplo da Apple, que transmite os Keynotes do Steve Jobs via Streaming, sempre depois do evento ao vivo.

Para saber mais, visite o sítio oficial da SIGGRAPH 2007.