A revista Computer Graphics World acaba de ganhar mais um número que mostra assuntos relacionados a computação gráfica 3d de maneira geral, sem foco específico em apenas um software ou tecnologia. Essa é uma revista com perfil mais comercial que as outras revistas que geralmente recomendo aqui no blog. Mas, para alegria dos usuários e artistas que não tem como fazer a compra de revistas assim nas bancas, o material está disponível de maneira gratuita para leitura no web site da editora. Os artigos da revista são direcionados para produção de jogos e efeitos para cinema, com destaque para o recém lançado 2012.

O início da revista começa com artigos sobre o uso de renderização estilizada usada em ambientes de simulação interativa, como jogos e outras interações. Esse ambiente foi aproveitado em um jogo recém lançado que tem ambiente semelhante a um render NPR.

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Mas, o destaque mesmo da revista é a enorme matéria dedicada aos efeitos especiais realizados no filme 2012, que caso você ainda não tenha assistido, recomendo que o faça para ter uma boa idéia do que destruição mundial significa. O artigo comenta o processo de produção do filme e lista detalhes como todos os estúdios que participaram da produção, com o número de cenas com efeitos realizadas por cada um dos estúdios. Nesse quesito o estúdio campeão foi o Uncharted Territory, que trabalhou em nada menos que 422 cenas de efeitos no filme.

Assim como já tinha comentado quando falei sobre a Siggraph, boa parte das cenas de destruição relacionadas a cidades foi produzida usando uma versão especialmente desenvolvida do software Thinking Particles da Cebas. A mesma empresa que produz o Final Render e trabalhou em conjunto com a produção do filme para desenvolver os softwares necessários para os efeitos especiais. A equipe do filme financiou parte da produção de um módulo do Thinking Particles especializado na criação de rachaduras, como as que vemos nos terremotos do filme.

Outra notícia interessante que encontramos na revista está indiretamente relacionada com o Blender 3D. O software não foi usado nos efeitos do filme, mas no artigo é possível conhecer a solução usada pela Digital Domain para criar um software semelhante ao Thinking Particles, para criar as rachaduras, chamado de Drop. O Drop usa um sistema de Rigid Body Dynamics da engine 3D Bullet, a mesma usada pelo Blender 3D.

Para ler a revista completa de maneira gratuita, e conhecer mais sobre o 2012 e outras produções, visite o link indicado no início do atigo.