Calma, não pretendo vender licença de software usado aqui no blog. Mas vou comentar um caso muito interessante, noticiado pelo portal Ars Technica. O que acontece é o seguinte, a Autodesk impediu que um vendedor do e-bay, comercializasse lincenças de seus softwares pelo site de leilões. O problema é o vendedor, indignado com a intromissão da Autodesk, está processando a empresa em 10 milhões de dólares do por “danos morais”. Quem está com a razão? Existe essa possibilidade? Vender a licença de um software usado?
Vamos aos fatos, segundo o artigo original. A Autodesk alega que a licença de uso das suas ferramentas, determina que o usuário não possa revender essa licença. Assim que ele abre a caixa do software, ele está automaticamente concordando com o contrato de uso. Mas o artigo levanta uma questão interessante, o contrato está localizado, dentro da caixa! Ou seja, a pessoa não tem como saber o conteúdo, antes de automaticamente concordar com ele.
A fonte do problema está na legislação americana, que dá ao consumidor o direito de revender algum produto obtido legalmente, sem a necessidade de autorização do detentor dos direitos autorais.
Depois que a Autodesk insistiu com a administração do e-bay, a conta do vendedor foi suspensa. Isso fez com que ele perdesse uma quantidade razoável de dinheiro em vendas. Por isso ele está processando a Autodesk pelas perdas e intromissão.
Quem vai ganhar? Não sei, mas com certeza a briga é boa!
E aqui no Brasil? Isso seria possível? Já ouvi casos de gente dizendo que conheceu pessoas ou empresas que adquiriram cópias usadas de software original. Principalmente na época em que os softwares da Autodesk vinham com o famoso hard lock, aquela peça que era ligada na saída serial dos computadores, para que softwares como o AutoCAD original, pudessem ser executados sem restrições.
Mas apenas ouvi falar, nunca vi isso acontecendo efetivamente, ou conheci um usuário e empresa que afirmou ter comprado um software usado. Como será que a nossa legislação abordaria esse caso?
E você? Conhece alguém que comprou licenças de software usado?
A licença de uso (se a pessoa ler) é explícita sobre isto.
Antigamente havia a caixa e tal, hoje normalmente somente a mídia para a instalação.
Mas no texto existe um trecho que cita que se o usuário não concorda com os termos de uso, ele deverá devolver o software.
No Brasil eu sei que muitos já fizeram o que citastes, vender uma versão antiga. Eu já conversei com o responsável pela área de licenciamento da LA (Latin America) sobre isto. Ele foi taxativo sobre a ilegalidade.
Quem quiser fazer, que faça. Mas não pode reclamar depois :).
[]’s
Complementando a resposta anterior:
Contatei o “License Compliance Manager – Latin America” da Autodesk e a resposta foi:
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Está no EULA que acompanha a licença…
3.2.3 Transferências. É vedado a distribuição, aluguel, empréstimo, arrendamento, venda, sublicenciamento ou de outra forma a transferência total ou parcial do Software ou da Documentação do usuário, ou de quaisquer direitos concedidos neste Acordo, a qualquer outra pessoa, sem o consentimento prévio por escrito da Autodesk.
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[]’s
Essa postura da Autodesk me parece absurda. Soa como uma tentativa de garantir vendas adicionais.
Mas o ideal mesmo é comprar o software diretamente de um revendedor autorizado. Por falar nisso, gostaria de sugerir ao Allan um post sobre as versões OEM dos softwares, será que todas são pirataria?
Abraço,
Hélio
Olá, a todos nesse fórum. Estou vivendo justamente esse dilema e gostaria também de contribuir com minha reflexão acerca do assunto. Durante muitos anos trabalhei com o Photoshop verão 5.5, doado para mim por um amigo. Na época eu era muito jovem e não tinha esses padrões morais de sofware pirata.
A verdade é que durante muito anos os trabalhos gráficos e de restauração fotográfica qu executei com ele contrubuiram em muito com o sustento de minha família. Uma década depois a máquina deu pau e o cd de tão velho “se desfez” sobrando somente aquela mídia transparente.
Hoje abomino totalmente a pirataria e estou me esforçando ao máximo para adquirir softwares originais como o Adobe Premiere e uma placa matrox para edição não-linear de vídeo para a pequena produtora que estou montando.
Há cerca de dois meses comprei um Photoshop original versão 7 pelo mercado livre mas tive que desfazer a compra porque a Adobe não aceitou também a ativação do produto mesmo apresentando a nota fiscal. Estou incessantemente buscando a compra de versões mas antigas , mas absolutamente sem sucesso.
Bem, as minhas ponderações são as seguintes, amigos:
1. É justo adquiri somente software original, pois aqueles que o desenvolveram investiram tempo, pesquisa e dinheiro.
2.É muito bem vindo que os desenvolvedores dos principais softwares do mercado os apefeiçoem para os aspectos de fidelização ds clientes, vanguarda competitiva, transferência de valorao cliente, etc.
3. Há certamente entre os desenvolvedores de softwares certamente o abuso econômico e a falta de responsabilidade social em nome do lucro travestido de ética.
Explico: Podemos comprar carros, Televisores, Livros, Casas e revendê-los quando nos convier, afinal e contas pagamos por eles, é nosso.
Mesmo em se tratando de obra literária ou musical, os direitos podem sim ser vendidos. Michael Jackson por exemplo comprou os direitos das músicas dos beatles.
O justo e ético seria que desenvolvedores como a Adobe disponibilizassem versões anteriores de seus softwares para combater a pirataria inclusive e não excluindo de seu rol pessoas ou empresas menos favorecidas.
Na conjuntura atual, essas empresas mostram um total desrespeito para com a sociedade ao agir arbitrariamente na leglização de licenças de softwares usados e na compulsoriedade da compra somente da última versão.
Considero um crime, um abuso e espero que um dia os legisladores nacionais acordem par esse disparate e abuso econômico dessas empresas.
É isso aí, apenas um desabafo.
Joanilson Rodrigues
E alugar as licenças? Pensei nisto hoje, e pesquisando na internet algo referente a aluguel de licenças encontrei este site. Tenho dez licenças de Autocad, utilizei as dez nos ultimos tres anos, porém não tenho mais trabalho para as dez licenças. E o que faço então? Alguem sugere algo?
goatria de saber opreço da licença do software do auto-cad, onde e como coseguir
Creio que esta situação é boa somente para a Audesk!
Com relação a locação de licenças, isso me interessa!
Estão falando que se eu tiver um livro já lido e queira vender no sebo eu não posso ? Se eu tiver uma chave de fenda e quiser vender eu não posso ? Tiver um disco de vinil ou um cd ?
Um software nada mais é do que uma mídia com objetivo de passar informação (livro), ou uma ferramenta no auxílio (chave de fenda) de um objetivo. Existem sim um tempo para livros e músicas para cair no domínio público. Quando quando compro alguma coisa para uso legal, eu compro a propriedade daquela unidade provada pela nota fiscal. É minha e faço o que quiser com ela. O contrato empresarial com o consumidor não pode valer sobre a lei civil que me diz que estou adquirindo a propriedade do produto. O fato da produção ter custado mais ou menos para a empresa é o risco que a empresa corre ao entrar no mercado. A lei civil me protege quando diz que adquiro a propriedade de um produto. Mas … a justiça nacional… vc sabe(?).
Bom, é óbvio que existe um abuso por parte das empresas (não é só a Autodesk); quem deve comprar essa briga são os governos, o problema é que para reforma desse tipo é necessária pressão, o número de usuários desses produtos é muito pequeno (falo comparando com a população inteira) e as grandes empresas do ramo de entretenimento e projetos não se interessa já que tem grana para bancar novos softwares e algumas vezes recebe facilidades dessas empresas para endossar esses produtos utilizando-os em suas produções.
Um caminho seria resolver essa questão através de uma regulamentação. Adequada para os OS (leia- se Windows), porque? Porque usadopor toda a sociedade e essa resolução geraria uma jurisprudência para lutarmos por regulamentação adequada para softwares com finalidade mais específica.
Abração!
Bom dia a todos!
Esse debate realmente é muito interessante, porque vejo que as pessoas estão mais interessadas em mudar os conseitos da autodesk a respeito de como trabalhar com seus produtos do que o seus proprios conceitos a respeito de utilização dos softwares. Também vejo na atitude da autodesk um execesso de ganacia, mas convenhamos que o produto é dela, e mesmo não tendo exatamente respaldo juridico, ele ao meu ver tem direitos moral sobre o seu produto assim como qualquer um de nós tem sobre os nossos.
É inquestionavel a lideraça do 3D Max, Photoshop e do Autocad nas suas áreas, mais existem os concorrentes ou programas auternativos que poderam não só resolver seu problema finaceiro como lhe dar novas ideias.
Deixem de ser escravos do vicio e da preguiça. Pesquisem e procurem aprender novos programas!
Pessoalmente trabalho com Maquete Eletrônica e trabalho usando programas gratuito como sketchup, Kerkythea e gimp; ainda estou aprendendo o Blender. Então recomendo que façam o mesmo ao invês de ficar se lamentando pelo que não é de vocês. Como disse Jesus “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”.
Que Deus nos abençoe!
Allan,
Muito bons os seus post.
Como todo bom brasileiro procuramos levar uma vantagem em tudo. Para tudo tem uma solução é só procurar meios para resolver os problemas. Trabalho com maquetes eletrônicas no 3Ds Max e durante uma pesquisa pelo site achei um opção de baixar o mesmo gratuitamente me inscrevendo com profissional da área fora do mercado de trabalho, desde então tenho o 3DsMax e outros produtos da Autodesk baixado e atualizado sempre, mas informo que esta opção de download não tem mais no site da Autodesk, inclusive deixei de usar o Autocad pois o mesmo só tem na versão de estudante o que limita seu uso, agora estou usando o Nanocad que é totalmente grátis e tem todas as ferramentas realmente necessárias para desenhar em 2D que o Autocad oferece, vamos combinar… são preciso uma dúzia de comandos para fazer e plotar um desenho em CAD.
No caso da Adobe ultilizo o PS CS6, que pode ser baixado por cerca de U$ 60,00 caso você opte por uma assinatura de licença anual do Creative Clouds com opção de término a qualquer momento o que vai lhe tirar o direito de não receber atualizações nem fazer novos downloads por 6 meses, então… pague pelo que quiser e aproveite com tudo funcionando perfeitamente, vale a pena investir nisso.
No início deste ano atualizei meu Win7 para Win8 por apenas R$ 69,00, tenho tudo rodando em 64 bits sempre atualizado. Como disse no início basta um pouco de paciência e investimento baixo para poder trabalhar corretamente, muitas pessoas sequer visitam os sites dos fabricantes para ver se tem alguma oferta ou meio de usar uma versão legalizada com um baixo investimento.
Um abraço a todos, espero ter contribuído.
Airton
Gente a Licoca tem toda razão, e vou dizer porque, eu sou da época do DOS 3D STUDIO etc…. sou um velho arquiteto e um arquiteto velho.
A dois anos atrás resolvi dar uma virada na minha vida, troquei de OS não vou dizer o nome mas é aquele que não trava, não tem vírus É DE GRAÇA e junto com ele vem o BLENDER, GIMP e muitos outros softwares inclusive de edição de vídeo que se consegue fazer muita coisa boa.
O melhor de tudo é que a relação entre as pessoas que utilizam o Open Source, é a de troca de informações, as pessoas se unem em Blogs na tentativa de se ajudar uns aos outros ou melhor vc. não se torna só um usuário mas troca informações e os desenvolvedores são bastante abertos a sugestões.
“A origem do nome do OS é uma palavra africana, que foi baseado em uma história de um antropólogo, que estava convivendo com uma tribo para conhecer os seus costumes.
Este antropólogo, um certo dia colocou embaixo de uma árvore um pote com balas e guloseimas, e disse o seguinte: o primeiro menino que chegasse embaixo da árvore primeiro, poderia ficar com todo o pote.
O que fizeram todos os meninos da aldeia, se deram as mãos e foram correndo em direção ao pote. E o OS tem o nome desta palavra africana.
Talvez alguns de vcs. me achem um velho careta, mas quando chegarem na minha idade poderão dizer EU TENTEI DIVIDIR AS BALAS COM TODOS.
Em tempo quem me ajudou demais com o Blender foi o Allan e pessoas como ele
desembrulham a bala dando cursos e nos passando as últimas informações sem nada em troca. Vejam o EAD do Allan.
Allan parabéns tens todo o meu respeito e VOCÊ FAZ A DIFERENÇA.
Abs.
Celso, parabéns! Concordo contigo e com a Licoca.
É difícil para a maioria “sair da caixa” (termo oriundo da publicidade).
Esse OS que você citou, claro, é o Linux! Fiz questão de citar para as pessoas saberem que esse carinha é gratuíto, atualizado e atende muito bem, tanto para uso profissional quanto pessoal. Um dos problemas (e até desculpa) para fazer uma migração chama-se TRANSIÇÃO.
“Ah, mas eu uso AutoCAD e não existe para Linux!” Ok, eu também USAVA e migrei, com muita dor e adaptação para o Drafsight. Como a Licoca (olha ela aí novamente…) citou, deixem a lamentação de lado.
Trabalho com Visual Merchandising e todos os programas que utilizava (às vezes ainda uso, por forças maiores e obscuras) tais como vetores, imagem, vídeo, cad, 3D e apresentação existem os alternativos.
Google Docs está aí. SkyDrive também!
Se temos blogs como “desse tal Allan Brito”, que oferece cursos básicos gratuitos, assim como INFORMAÇÃO, meu, na boa, só lamenta quem tem preguiça e/ou adora viver em sua utopia!
“Yes, we can!”
Me perdoe; mas a resposta para este CAPITALISMO SELVAGEM desta empresa só tem uma resposta e chama pirataria. é um absurdo a margem de lucros destas empresas.
Que atraso o meu, só em 2018 chegar nesse post!
Li tudo e tenho a dizer o seguinte: uso Windows, Mac, duas ditros de Linux e nenhuma opção filosófica ou ideológica sobre software livre ou copyright afasta a ilegalidade dos contratos das grandes fornecedoras de software.
Sim, além de proibir a venda, os contratos também proibem a locação do software. E de uma máquina que o tenha instalado.
Eles colocam as coisas como se fosse, não um disco ou um livro, mas um bilhete de cinema que “ao abrir a caixa” nós passamos na roleta. Não podemos vender nem alugar aquele bilhete.
Óbvio que software não é sessão de cinema e o preço não é de saco de pipoca.
Descobri essa semana uma jogada da Adobe que considero positiva: licensa mensal avulsa, para um, dois ou todos os seus softwares. Com isso, é possível a profissionais e empresas que usem esses softwares em projetos ter uma estrutura fixa mínima, podendo ampliá-la de forma temporária apenas pela duração de um projeto de maior monta. É possível, inclusive, deixar todas as máquinas com o pacote Adobe instalado, mas sem login – o que significa desativado – para que, quando e se necessário, um usuário com licença ativa (mensal avulsa) possa logar e trabalhar legalmente.
A Microsoft continua a desgraça de sempre, sorte que as máquinas Windows daqui são com OS de fábrica, ou com etiqueta COA ou com a licença direto na BIOS/UEFI. A licença dos Windows préinstalados de fábrica é diferente de todo o resto: não é vinculada ao comprador, é vinculada à máquina – que pode ser vendida usada ou alugada, sendo OBRIGATÓRIO que a licença do Windows a acompanhe!
Não aceito a tese da Licoca que quem não partiu de uma vez para o software livre tenha que se submeter a esses abusos. Nem que a necessidade de uso de um Autocad ou Photoshop seja por vício ou preguiça. Quem trabalha tem atender as demandas do cliente, do projeto, e o mundo não é Blender.
Acho, aliás, de um mau caratismo sem fim prejulgar quem não aderiu ao software livre para justificar qualquer abuso nos contratos de sofware fechado. Parece coisa de vegano do mal dizendo que quem come carne merece mesmo comer carne podre maquiada.
Entre o post (2007) e os dias atuais, teve decisão judicial na Europa julgando nula a cláusula que impede a venda do software usado: https://olhardigital.com.br/noticia/corte-europeia-julga-que-venda-de-software-usado-nao-e-ilegal/27517
Divirtam-se!
Abraços do Bruno