Antes mesmo de começar a usar uma ferramenta 3d, os usuários iniciantes já estão cheios de dúvidas, sendo a primordial o hardware. Durante as minhas aulas sempre recebo perguntas sobre a melhor configuração, para modelagem e renderização. Além da montagem em si do computador, me perguntam sobre a pouca diferença nos tempos de render, quando o computador passa por um upgrade. Algumas pessoas acham que dobrar a memória RAM fará com que o tempo de render caia pela metade. Bem, não é assim que as coisas funcionam.

Para solucionar esse tipo de problema, os usuários do Maxwell render tiveram uma excelente idéia. Eles criaram um web site chamado Bechwell, que proporciona a todos os usuários do renderizador a possibilidade de comparar os tempos de render, para os mais variados tipos de hardware. Tudo funciona com base na cena abaixo:

Bechwell

Funciona assim, qualquer pessoa com uma licença comercial do Maxwell Render pode fazer o download do arquivo com a cena, e acionar a renderização. Depois ele retorna ao sistema e preenche quanto tempo demorou a atingir um determinado nível de qualidade e o hardware utilizado.

Alguns dos testes são impressionantes, usuários com computadores com até 4 processadores quadcore, totalizando 16 núcleos conseguem tempos de render de 10 minutos, em comparação com sistemas mais “humildes”, que renderizam a mesma cena em até 1 hora.

A cena é complexa e exige bom nível de processamento do hardware. O objeto é iluminado por um mapa HDR, que é exibido através da parte transparente.

Mesmo que você não use o Maxwell render, essa pode ser uma ótima base de comparação para conhecer como diferentes tipos de configuração encaram o render. A conclusão da análise? Em computação gráfica 3d, costumo dizer aos meus alunos que “quanto mais hardware você tem; é pouco”. Ou seja, as ferramentas 3d sempre são ávidas por poder de processamento.

Como a dinâmica de funcionamento do Maxwell é semelhante ao Indigo e Kerkythea, usuários do Blender que usam essas ferramentas para renderizar podem se aproveitar desses estudos. O problema é segurar a vontade de montar um renderizador com 16 núcleos para “testar”.