O mercado de edição de vídeo é bem concorrido e com variadas opções para fazer desde pequenas edições, até mesmo trabalhar com os chamados pesos pesados como o Avid e o Final Cut. O Premiere da Adobe perdeu um pouco de espaço nos últimos anos, mas a versão CS5 parece que despertou novamente o interesse dos usuários e artistas pelo software. Já trabalhei com o Final Cut e o Premiere, mas devo relatar que a minha experiência com o Final Cut foi sempre melhor, seja pelo da facilidade em tratar containers e codecs de vídeo, ou pela incrível gama de opções que acompanham o Final Cut Studio. O Premiere ficou mais relegado ao campo acadêmico, pois ministrei aulas sobre ele por muito tempo.

Mas, e na área do software livre? Sim, temos várias opções nessa área como o Cinelerra.

Nos próximos meses teremos mais uma opção de para trabalhar com edição não-linear de vídeo totalmente baseado em código aberto. O software conhecido como Lightworks será lançado e distribuído usando uma licença de código aberto. Sim, a ferramenta foi anunciada como de código aberto em Abril desse ano, e como a data para o lançamento foi o final de 2010, estamos provavelmente muito próximos da versão pública do Lightworks de código aberto.

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Mas, essa ferramenta é realmente boa?

Nada como verificar uma lista de filmes e produções para TV que usaram o Lightworks para a montagem e edição do seu material, para comprovar que a ferramenta é adotada em larga escala por estúdios e produtoras de vídeo.

A presença desse tipo de opção no formato de software de código aberto pode mudar significativamente a quantidade de pessoas que usa softwares nesse formato, trazendo cada vez mais diversidade e opções para ambientes Linux. Segundo o comunicado da empresa, os planos são de lançar uma versão do Lightworks para Windows ainda esse mês, e no início de 2011 trazer a versão para Linux.

Assim que tiver notícias sobre esse lançamento, aviso aqui no Blog. Fico imaginando se o marketshare do Premiere deve cair quanto esse tipo de software for lançado, pois muitas das pessoas que adotam a ferramenta na plataforma Windows devem migrar para a solução de código aberto.