Já faz um bom tempo desde que o Blender fez a sua mudança drástica da versão 2.4x para o 2.5x e hoje estamos na série relacionada ao Blender 2.6. As mudanças desse período para cá foram significativas e trouxeram muitas melhorias para todos os usuários do software tanto do ponto de vista das ferramentas usadas como na interface. O Blender era muito conhecido entre usuários de softwares 3d naquela época pela sua interface espartana, que afastava muitos usuários pelo simples fato dela ter pouco apelo visual. Com o Blender 2.5 veio uma nova interface e um software reconstruído do zero para proporcionar melhorias e mais flexibilidade como a possibilidade de adicionar keyframes em praticamente qualquer parâmetro no software, apenas para citar uma das coisas que eram difíceis de fazer nas versões antigas.

Mas, será que mesmo com todas essas melhorias ainda é preciso recorrer ao velho e bom Blender 2.49b? Um dos pontos negativos em relação a mudança, e eles sempre existem, é a perda de compatibilidade em algumas ferramentas e scripts. As versões mais antigas possuíam, por exemplo, opções estáveis para importar arquivos DXF para o Blender, e hoje temos Add-ons para isso que ajudam muito, mas por algum motivo ainda acredito que os scripts do 2.49b se comportam melhor com arquivos mais recentes.

Esse é um recurso muito usado por artistas 3d na área de arquitetura, pois o uso de arquivos DXF permite trazer projetos do AutoCAD para o Blender, ajudando na modelagem de projetos. É apenas um exemplo isolado, mas acredito que o Blender 2.49b ainda é útil sim em situações como essa e outras. Basta analisarmos o caso do script Capiler que apenas algumas semanas atrás foi adaptado para o Blender 2.6.

Se você nunca sentiu falta do Blender 2.49b, pode ficar tranquilo, pois dificilmente o download do software irá ajudar você em alguma tarefa. Mas, os usuários antigos que já se “pegaram” desejando que alguma opção do Blender antigo tivesse sido adaptada para as versões recentes, pode aproveitar essa versão adicional do software como apoio. Só lembrando que ao realizar alguma coisa nas versões antigas, é possível salvar o arquivo no formato .blend e depois abrir sem grandes problemas no Blender 2.6x.

Todas as versões do Blender podem ser copiadas de maneira gratuita nesse endereço. É muito simples copiar as versões em zip que podem ser executadas até mesmo de drives usb. Lá está inclusive a primeira versão do Blender que usei profissionalmente que é a versão 2.35.

Cursos sobre Blender

Se você quiser aprender a usar o Blender, recomendo conferir os cursos existentes no EAD – Allan Brito que abordam diversos aspectos interessantes relacionados com o uso do Blender. Existe um curso gratuito básico de Blender que mostra os primeiros passos no software, e depois existem outros cursos que abordam os seguintes aspectos do Blender: