O trabalho com animação 3d e computação gráfica faz da maioria das pessoas envolvidas com a criação de mundos e personagens fantásticos, potenciais apreciadores de ficção-científica e fantasia. A palavra potencial está sendo usada aqui apenas para não deixar transparecer que isso é unanimidade, pois não conheço ninguém da área que não seja apreciador de cinema, jogos ou histórias do gênero. Bem, caso você esteja incluso nesse grupo de apreciadores de ficção-científica, assim como eu, recomendo visitar qualquer sala de cinema próxima a você imediatamente para assistir ao filme Gravidade. É sem sombra de dúvida uma das melhores retratações sobre o ambiente espacial, respeitando em vários aspectos as leis da física.

Making of Gravidade

Making of do filme Gravidade

O filme é excelente, e apesar de não me considerar um crítico em relação a linguagem cinematográfica, as notas e avaliações no IMDB ou Rotten Tomatoes não deixam dúvida da popularidade da obra. Mas, o objetivo desse artigo não é simplesmente enaltecer as qualidades cinematográficas do filme, mas compartilhar um pouco sobre o que aprendi em relação ao seu processo de produção e criação.

Para quem escolher assistir ao filme enquanto o mesmo está no cinema, ou posteriormente em casa no seu aparelho de bluray ou por streaming, saiba que você estará assistindo a um filme que é praticamente todo criado usando computação gráfica. Em boa parte da projeção apenas os rostos dos atores, visíveis pelos capacetes dos trajes espaciais, é que são reais. O resto é tudo criado usando animação 3d. Ainda não faz idéia de que filme é esse? O vídeo a seguir é um trecho sem cortes do filme.

Mas, como eles fizerem tudo? O pessoal do Fxguide entrevistou o supervisor de efeitos do filme chamado Tim Webber, que comentou sobre o incrível trabalho realizado pela Framestore em Londres.

No vídeo a seguir podemos conferir uma análise feita pelo CINEFIX com várias fotos da produção, mostrando os momentos da filmagem em que os atores são vistos com seus trajes espaciais para ajudar na interpretação, e também as estruturas usadas para permitir os movimentos em micro gravidade.

A liberdade com que o diretor posiciona a câmera nesse filme só foi possível graças a esse conjunto de efeitos e técnicas engenhosas, que permitiram o uso desse ambiente realista no espaço.

Recomendo o artigo e o filme para todos os interessados em efeitos especiais e também ficção-científica.