O Blender sempre foi reconhecido por muitos usuários como uma opção interessante para substituir softwares como 3dsmax, Maya e outros para a produção de animações e modelos 3d. Mas, apesar de sempre gerar desconfiança por parte de empresas e artistas devido ao seu modelo aberto e de não ter um suporte formalizado como acontece nos casos de empresas como Autodesk, Maxxon e outras o software nunca foi bem visto devido a sua interface “espartana”. Quem usa o Blender hoje já está aproveitando o software depois da grande reformulação que aconteceu na virada do Blender 2.4 para o 2.5. Nessa época o software foi totalmente reescrito do zero pelos desenvolvedores, o que levou um bom tempo para ser finalizado.
As mudanças na interface do Blender são bem interessantes de acompanhar, e só para passar um pouco mais de contexto histórico, vejamos uma comparação rápida da interface do Blender nas versões 2.2, 2.4 e 2.5/2.6 respectivamente.
Apesar de ter melhorado muito no que diz respeito a organização e uso, ainda é possível melhorar a interface? Claro que sim! Quem está acompanhando as notícias sobre o software nas últimas semanas, deve ter encontrado referências a uma nova proposta de interface apresentada pelo Andrew Price que está gerando muita polêmica entre usuários do software.
A proposta foi mostrada em dois vídeos publicados no canal do Youtube do Andrew, e explicam em detalhes o objetivo da sua proposta, inclusive apresentando o que seria a sua idéia para a nova interface. Para os interessados em se inteirar do assunto, recomendo assistir aos dois vídeos ou então conferir a apresentação do próprio Andrew Price na conferência Blender 2013, em que ele próprio faz um resumo da sua idéia em 30 minutos.
A interface que ele propõe para o Blender seria algo como essa, para os que não tem paciência para assistir ao vídeo:
O resultado seria algo muito parecido com a interface Ribbon que está presente em softwares como o MS-Office e também em vários softwares da Autodesk.
Qual a minha opinião em relação a essa interface? Particularmente, não gostei da proposta. É claro que ela tem os seus méritos em trazer algo mais familiar para muitos usuários com menos experiência com o software, mas o sacrifício necessário na parte de funcionalidade e flexibilidade da interface seriam grandes demais, e iriam acabar indo contra os benefícios dessa alteração.
A proposta também mereceu comentários do Ton Roosendaal, que é o presidente da Fundação Blender, e pelo que ele próprio explica no texto, a interface deve receber melhorias sim, mas com calma e usando contribuições de pessoas envolvidas com a criação de interfaces. Mas, essa não é a prioridade no desenvolvimento do Blender no momento.
Como recebi muitos e-mails e mensagens pedindo minha opinião sobre essa proposta, já adianto que apesar de ver mérito na idéia de transformar a interface em algo mais atrativo para novos usuários, o uso do ribbon quebraria a incrível flexibilidade que temos na interface do Blender hoje. Acho válida a discussão e espero que no futuro sejam sim feitos ajustes na interface, com a adição de novos recursos, mas não será essa interface proposta pelo Andrew Price. Mas, como disse achei válida a discussão e a proposta como ponto de partida para avaliar a interface que temos hoje e como ela poderia ser melhorada.
Já adianto para todos que estão preocupados com uma possível mudança, isso é apenas uma proposta. Absolutamente nada deve mudar drasticamente nas próximas versões. Portanto, pode ficar tranquilo ou tranquila que a interface não mudará para algo parecido com o que foi apresentado na imagem.
E você, o que achou da proposta?
Olá
Acho que o essencial da proposta de uma nova UI feita pelo ANdrew não está de forma alguma na aparência da nova UI, mas na organização interna dos recursos do Blender para que sejam dispostos de forma mais lógica e próxima da intuição, diminuindo a decoreba de atalhos e da construção lógica das cenas. Quem viu e prestou atenção nos dois vídeos que o Andrew fez sobre o tema, percebeu a clara intenção dele de diminuir a curva de aprendizado e consolidar os vários aspectos incoerentes e desconexos na atual interface. Se é tipo Ribbon ou não, isso é secundário, pois ele a deu apenas como exemplo, de forma alguma ele defendeu que seja um interface Ribbon. Por isso sou totalmente à favor da proposta.
Além disso, no último post do Andrew, ele adiantou que a FB criou pela primeira vez uma equipe exclusiva de desenvolvedores para pensar na UI do Blender. Isso é um marco na história do software.
Agora, em termos de prioridade, a minha seria muito mais por ter um fonte de informações mais ampla e detalhada sobre as funcionalidades do Blender, tipo a do wiki.blender, que desse reais subsídios ao novo usuário de como usar as ferramentas, do que a de remodelar a interface, caso nos fosse dado o direito de escolha do que é mais urgente melhorar no Blender além da sua estabilidade.
Esse é o meu ponto de vista.
eu acho a interface do blender excelente da forma que tá, antes até a versão 4.9 era complicada pra mim, mas hoje ela tá excepcional. Não gostei da proposta de Andrew, ficou bonito mas não funcional. Alem do mais o uso do componente ribbon poderia limitar o blender em termos de compatibilidade.
Acho que o que atrai novos usuários ou “imigrantes” para o “universo blenderiano” não é a interface, mas os “deslumbre” dos resultados obtidos com o software por parte dos que já o utilizam, e por ordem, antes ainda, sua lógica em si, recursos, e só então, facilidades, e é aí que entra o design e a interface;
Ou seja, realmente não é uma prioridade, mas se ninguém encabeçar o projeto nunca vai ser, toda mudança significativa costuma gerar um grande desconforto inicial, mas quem sabe, traga um resultado aprazível.
Se for assim, vai demorar um pouco para eu atualizar…
Odeio o Ribbon. Acho que ao invés de facilitar ele tornou o Office quase inacessível.
Não foi uma boa evolução para o Office, aliás, ainda não vi nenhuma vantagem, além da estética, nele..
Sobre as Mudanças:
Há a necessidade de mudar, prova que o software está vivo e em constante evolução. Porém muitas pessoas, inclusive eu, tem muita dificuldade em se acostumar com coisas novas. Até hoje eu acho o Windows 8 uma porcaria e quando me acostumar com ele provavelmente o Windows 9 ou 10 já estará rodando.
Para esse tipo de problema seria interessante a Blender criar uma aba que tornasse a interface do programa similar a que temos na versão 2.6, desta forma atrairia novas pessoas (Com a interface nova) e manteria as coisas da forma que os usuários antigos estão acostumados (Interface antiga).
Forte Abraço
Fala serio gente! se um novato começar a utilizar o blender com essa nova UI, tudo bem! o cara pega do zero, mais pra quem já vem acompanhando desde as versões anteriores é meio complicado, a mudança mais significativa foi da 2.49 para 2.50 pra mim foi o mesmo de ter errado de casa! mesmo entre a 2.50 e a atual, houve algumas mudanças como “certos comandos” que mudavam de lugar, alguns atalhos (embora sejam configuráveis) também mudaram. Enfim… não gostaria que a UI desse um salto tão grande assim, algumas mudanças são válidas, mas da forma proposta não acho acertado! penso como o Allan.
Bah… Tão “Autodesquiando” o Blender… Que triste =/
Na minha opinião, a proposta do Andrew é totalmente válida. Eu não conheço o Blender a bastante tempo, o pouco que estudei sobre ele é mais por curiosidade e por gostar da área, apesar de ser mais um hobbie. O principal motivo da minha escolha do Blender, foi pelo simples fato dele ser gratuito. Por que desde o começo eu nunca achei a interface do Blender intuitiva e de fácil compreensão, muito pelo contrário. E até mesmo hoje em dia, a minha opinião não mudou muito, inclusive, hoje eu só não estudo mais o software por este motivo. Diferente da interface proposta pelo Andrew, de cara você já sabe onde estão as ferramentas, controles, seções e etc, não precisa de muito estudo para se fazer o mínimo possível. O problema do pessoal aceitar esse tipo de proposta é simplesmente o fato de já terem se acostumado com a interface atual. Eu creio que para o software crescer e adquirir mais adeptos é necessária essa mudança, pois assim como eu, muitos acabam não optando ou até mesmo desistindo de estudar o software por causa da sua interface complicada.
Gostei muito, nunca fui resistente a mudanças, gostei da interface é bastante amigável e bem simples, as abas estão em ordem de construção, adoraria ver o blender assim.
É como diz o ditado popular: “não dá para agradar a gregos e troianos”.
Conseguir um consenso “mundial” sobre esse assunto é uma tarefa “bem difícil” de ser realizada. Acredito que dentro de tudo o que foi apresentado, e por sinal foi muito bem apresentado e pesquisado, existam pontos que poderiam contribuir ainda mais para a interface do Blender, que a meu ver, atualmente apresenta uma enorme possibilidade de personificação, permitindo que cada usuário possa montar, customizar e personalizar sua área de trabalho, seus atalhos, ferramentas, entre outras opções.
Concordo que essa questão não deva ser tratada como prioridade, porém é mais um item que deve permanecer na “pauta”.
Eu sou a favor de uma interface que não exija aprendizado ou memorização. Algo realmente intuitivo e fácil de se familiarizar e de assimilar. Mas ainda não é isso. Eu fico imaginando como tornar a interface atual mais amigável e aparentemente simplificada sem grandes mudanças de funcionalidade,
Veja bem, eu preciso aprender a modelar, texturizar, iluminar, animar, etc. E não ficar tendo que entender onde está isso, ou o que aquilo, e tal.
Com isso eu faço vou deixar aqui uma ideia que eu já tenho a vários anos(desde quando eu comecei a mexer no Blender 2.49). Sabe o Game Maker? Então, ele tem um sistema que permite mudar o modo de visualização da interface de um modo simplificado para um completo. Imagine poder abrir o Blender com três ou cinco níveis de complexidade onde em cada um se oculta ou revela algo? Usuários iniciantes não teriam problemas em aprender sobre os recursos mais importantes e básicos do programa e usuários intermediários ou avançados não perderiam recursos.
Aliás, uma das versões desta ideia era a possibilidade de abrir apenas parte dos recursos do Blender. Acontece que eu imaginei o programa vários anos a frente com uma penca de recursos adicionados. Se você quisesse só a parte de edição e manipulação de imagem, ou só a edição de vídeo, ou só a parte de áudio, só o editor de partitura com sintetização, só a parte de voz, só a animação, só escultura, só textura, só simulações de engenharia e arquitetura, só criação e edição de cenário natural, só game engine… ou o Blender inteiro.
Algum comentário? Alguém considera isso plausível?
Achei interessante no post da CGMeetUP, to curioso ainda mais agora (Y) com calma como disse o Tom.
Esta nova proposta de interface é muito melhor do que a existente, e não, não é complicado demais alterar o programa pra ele ficar assim, difícil é criar uma nova funcionalidade, tem que escrever todo o código fonte e fazer funcionar.
Isso proposto, é só uma nova organização, só vai trocar de lugar as coisas, agrupar, ordenar, etc.
até o blender 2.4 pra mim era totalmente inviável utilizar comparando ao 3d max, depois que saiu a versão 2.5 ai já deu uma baita diferença, ja vi que dava trabalhar profissionalmente com ele, mas ainda o 3d max é mais fácil de usar, então só falta essa nova mudança ocorrer para ele ficar de igual para igual em relação aos outro softwares 3D.
Suas aulas serão atualizadas , para a nova versão ?
A muito tempo eu me interesso pela “área 3D”, comecei estudando pelo 3DS Max 7, desisti pois achei a interface muito complicada, tentei o blender com a interface antiga e tbm achei complicada. Então fui pra o Cinema 4D, ai as coisas começaram andar, a interface era muito amigável ao usuário iniciante, dai pensei em dar outra chance ao blender, ja com a nova interface, continuou difícil de entender o programa, so ficou mais fácil pois trouce a bagagem de conceitos do Cinema 4D.
Acho que o blender realmente tem q mudar a UI, eu tenho muita dificuldade de decorar os atalhos, decorar a localização visual deles(em qual aba esta o cubo, as ferramentas de corte ou edição) seria mais facil pra mim, e acho q foi esse o motivo q facilitou eu aprender o Cinema 4D.
A primeira impressão que me deu foi de um novo programa ruim aproveitando o código fonte do Blender, desses que já tem por aí. Me deu enjoo. Só de pensar em acertar aquelas abas superiores cansei.
Na verdade acho Blender muito flexível em termo de interface ou não entendo de nada disso, uso o Blender há pelo menos 11 anos e sua interface é o que mais reforça a personalidade.
E concordo com o Tcheadriano o que atrai novos usuário é o vislumbre nada de interface, ainda lembro quando o usei a primeira vez não obtive nada a não ser mudar o cursor de lugar,rsrsr, quanto ao ribbon, abandonei o MSOffice por causa dele uso hoje o LibreOffice.
Não aprovo. Pronto.
Eu acho que poderia atrair muitos novos usuários para o Blender, mas eu também acho que você poderia adotar uma solução como autocad, onde o usuário pode decidir qual interface usar, seria bom também!
Por que não fazem esta mudança e mantem a versão atual como uma opção no menu? Por exemplo, quando se instala o Blender ou executa ele pela primeira vez ele apresenta a interface Ribbon, se o usuário é mais experiente e antigo pode ir no menu preferencias e escolher entre Ribbon e Ui. Do mesmo jeito que o pessoal do Linux pode escolher entre Gnome ou Unity.
desculpem mas gostei,eu já uso blender a 5 anos e acho necesariana esta mudança,pode não ser dessa forma mas entremos de organização,vocês me desculpem mas concordo plenamente com o andrew prece.
O que me fez partir para o blender e deixar o 3d Max e Maya na geladeira a anos foi um detalhe simples.
O Blender era criado por pessoas que faziam CG para pessoas que faziam CG, os atalhos eram sem frescuras, eram pra ser úteis. Lembro que só tinha uma câmera e eu criava minha target, eu evolui muito com o blender pelo fato de não ter bibliotecas de coisas, os amigos que estão comigo desde o inicio são estagnados e presos a certas limitações, aprendi com o blender espartano que tudo pode ser feito. Agora querem deixar com cara de casinha de boneca.
Acho que a interface pode mudar, acho que coisas novas podem acontecer, e gosto muito disso, o blender é vivo e tem um ritmo de evolução muito rápido, amo isso, porem não quero com essa carinha não, e muitas das coisas propostas podem ser implementados sem grandes dificuldades, tipo uma barra de progressos ou uma de status, ou agrupamento dos comandos que eu sempre uso F6.
Pra finalizar eu respondi ao questionário e neguei, não quero essa mudança.
Talvez o que deve causar dificuldades para novos usuários do Blender, é a diversidade de opções em um único programa. “Desde sempre” as pessoas são informatizadas através de “pacotes”, um exemplo clássico é o pacote Office, onde você tem um conjunto de programas para realizar tarefas distintas, mas que também podem trabalhar em conjunto e com facilidade de interação. O continuo uso desses “pacotes” (Office, Adobe, Corel…), dificulta o aprendizado e principalmente o entendimento de programas e plataformas “multitarefas”. Uma boa saída seria “DIVIDIR” o Blender: Blender Modeling, Blender Video e Blender Game.
Pra que mexer em algo que já está bom, e fácil de usar…também nunca gostei do visual dos novos Offices do 2007 adiante…o que gostaria que focassem mesmo é na BGE, pois em modelagem e renderização o Blender ja sastifaz com folga, quem assistir o demo reel 2013 do Blender verá isso…Entretanto a BGE ainda engatinha, tanto que muito criadores de games animais em Blender como o criador de Necrosis, declarou estar migrando para o Unity em seus games…e ele é um dos que mais faz milagres na BGE……Mas eu gosto do Blender do jeito que tá, com diversos atalhos no teclado e sua interface atual…deixa-lo bonito ou simplório…fará a mesma coisa que Adobe fez quando comprou a Macromedia e estragou o Flash……………Falow!!!
Eu particularmente já gostei da proposta, essa interface tipo Ribbon (Microsoft Office 2007 ao atual) ou mesmo as novas versões do AutoCAD, Solid Works, Solid Edge facilitam muito o trabalho, e quando não se tem um monitor com bom tamanho, ajuda a distribuir e organizar melhor os recursos.
Talvez a ideia mais interessante não seria alterar o próprio Blender (versão do Blender Institute) mas fazer uma versão em paralelo, uma variante, que tivesse esse propósito, afinal, estamos falando de software livre, onde algum outro grupo pode assumir esse desenvolvimento.
Vale lembrar que outro software livre gráfico, o Gimp, também tem suas variações, como o GimpShop, o Gimphoto, assim como acontece com o OpenOffice.org que também tem a variante LibreOffice. o Código fonte está lá para ser baixado não é?
Quem sabe um RibbonBlender não seria uma nova alternativa para atrair mais usuários para os softwares livres? o que me dizem Allan Brito e leitores do Blog?
Quem esse “muleke” chamado Andrew Price pensa que é? Um “youtuberzinho” que faz tutorias para noobs querendo mudar completamente a cara do Blender? Essa proposta de nova UI ficou uma bosta, esse cara ta querendo acabar com o Blender, ele deveria ser banido do universo Blender, nunca que o Toon irá aceitar uma podridão dessa. Existem trabalhos incríveis de artistas que usam o Blender, nunca vi nenhum reclamar da UI, pelo contrário, agora esse sem oq fazer fica inventando esse monte de lixo, kk, só pra rir mesmo, ele só ta querendo 5 minutos de fama, isso sim!
Ps: E quem gostou desse lixo, é tudo paga pau da Autodesk.
Acho a interface do Blender como está hoje, super inovadora, pois ela se difere bastante de programas como Maya_3D, 3Dmax. Eu acho que a interface não é muito difícil de mexer, tem uma boa navegação na 3D view, e acho que não deveria seguir o projeto do Andrew Price para não tirar a beleza e a unicidade do Blender3D
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