Os canais de desenvolvimento do Blender são bem variados e dinâmicos, mas um dos mais interessantes é o Google Summer of Code. Todos os anos o Google financia projetos de desenvolvimento para softwares e sistemas de código aberto, em que estudantes nas férias de versão do hemisfério norte, podem dedicar parte do seu tempo a desenvolver ferramentas e melhorar softwares como o Blender. Esse ano um dos projetos tinha como objetivo melhorar algumas das ferramentas de modelagem do Blender, como é o caso do Bevel e o Bridge. Alguns desses projetos infelizmente não são finalizados, e alguns deles acabam extrapolando o tempo do Google Summer of Code como é o caso da integração do Blender com o renderizador Freestyle, que até hoje não foi concluída. Esse projeto era originalmente do GSoC de 2012 se não me engano.

Os projetos que envolvem melhorias na modelagem 3d são identificados pela família Sushi! Sim, o pessoal da Fundação Blender sempre bem humorados, sempre reserva nomes de frutas, legumes ou alimentos mesmo para identificar variantes do Blender. Por exemplo, o projeto mango que gerou o Tears of Steeel, é na verdade o projeto manga em tradução direta.

Para mostrar um pouco sobre o que podemos esperar em termos de melhoria nas ferramentas de modelagem, resolvi fazer o download de uma versão de testes do Blender no graphicall.org identificada como sendo o Sushi Branch, que é a versão dedicada as melhorias nas ferramentas de modelagem 3d.

No vídeo abaixo você encontra uma rápida análise sobre como devem ficar as ferramentas Bevel e Bridge do Blender no futuro, quando o desenvolvimento for encerrado.

Como você pode preceder pelo vídeo, a ferramenta Bevel ficou muito mais flexível e pode de fato agora adicionar arredondamentos nas bordas dos objetos que sofrem o Bevel! Esse é um recurso desejado por usuários e artistas 3d que trabalham com o Blender faz muito tempo. Com o advento do B-Mesh a coisa ficou muito mais fácil, pois um N-Gon resolve boa parte dos problemas relacionados com triangulação de faces.

O Bridge também ficou mais flexível e pode agora unir grupos de edge loops que tenham quantidades de arestas diferentes.

Essas são apenas algumas das novidades dessa versão experimental do Blender, que deve ser usada com cautela. Lembre que existe uma razão para essas ferramentas ainda não estarem integradas as versões estáveis do Blender.

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